quarta-feira, 26 de março de 2008

Mika

Viciei.

Happy Ending



Grace Kelly

terça-feira, 25 de março de 2008

O Pensador

"Vamos comer, vamos n'O Pensador".
Convites da Karina são curtos, enigmáticos e imperdíveis.

Quase sempre saio com as meninas quando vou pra Curitiba. Dessa vez, foram Karina, Carla, Adri e Camila França (que eu não via há um tempão e agora tou com mais saudade ainda).

O lugar escolhido para os trabalhos, O Pensador - Comes e Bebes, é um café delicioso criado pelo angolano João Carlos. Os pratos são tentadores, difícil escolher rápido. A Karina decidiu: "você vai pedir esse aqui, ó". Fusilli à matriciana, gostei.

O prato pode vir acompanhado de uma carne grelhada. No meu caso, um simpático frango.
A descrição do site corresponde exatamente ao prato: "base cremosa de queijo parmesão e molho caseiro de tomate refogado em azeite, cebola, bacon e manjericão fresco. Levemente picante". Só esqueceram de colocar "maravilhoso, uma delícia, de lamber os beiços e o prato".

As bebidas foram ótimas - limonada suíça a rodo e um mega-ultra-cappucino com canela.

Pela foto, dá pra ver um pouquinho da fofice do ambiente. Amarelo, com chamadas para pratos e especialidades da casa em lousas verdes.

Vá lá
O Pensador Comes & Bebes
Website
41 3014 4114

Av. Visconde do Rio Branco, 766
Mercês - Curitiba - PR

segunda-feira, 24 de março de 2008

Flores do jardim da Mãe






Doces da Páscoa

Na falta de (muito) chocolate, a Páscoa trouxe várias travessas de doces ao Solar dos Lesniowski.
As comemorações iniciaram na sexta-feira santa, com direito a pudim de maria-mole com ameixas em calda e pavê de creme, chocolate e uvas. Eu prefiro a versão hard-core do pavê, com o creme tinindo de leite condensado:

Receita Express de Estupidez de Chocolate e Uvas
- Uvas itália sem semente (ou compre as Thompson, que já vêm sem)
- Brigadeiro branco (ferva leite condensado e manteiga. É o brigadeiro sem chocolate)
- Cobertura de chocolate (metade meio-amargo, metade ao leite). Você pode derreter o chocolate e cobrir a sobremesa ou fazer uma ganache, misturando creme de leite).

Coloque no pirex, na seqüência: creme - uvas - chocolate. Gele. Cate uma colher. Benza-se.


O sábado foi de trégua e preparação para o domingo. Depois de um almoço nada modesto (imagine sua mãe e mais três tias com tédio, cozinhando sem parar), a seqüência de sobremesas: brigadeirão com cerejas, mais um pavê (desta vez com pedacinhos de Bis), figos e pêssegos em calda.

Ainda por cima, ganhei um punhado de chocolates. Ai.

terça-feira, 18 de março de 2008

Massa ao funghi

Conheci o reino da Manu. Um apê fofo no edifício mais bacana do viaduto da Borges (que, por sua vez, é um dos pontos mais charmosos do centro de Porto Alegre), povoado pela supracitada e dois gatos fofos e sociáveis. Tem livros e coisas muito muito fofas.

A abobada aqui se esqueceu de tirar foto da vista, da sacada e dos gatos. Uma boa desculpa pra ir lá de novo.

Fiz isso aqui:

Molho
1 pacote de funghi secchi
1 caixinha de creme de leite
2 cebolas médias
1 pote de requeijão

Massa
3/4 de um pacote de fusilli Barilla (foi um exagero, sobrou muito)

Preparo
Deixe o funghi de molho na água até hidratar completamente (até ficar mole, com consistência estranhíssima). Isso deve levar uma meia hora, uma hora.
Pique a cebola em cubinhos e refogue na manteiga.
Pique o funghi e coloque para refogar junto com a cebola.
Junte a caixinha de creme de leite e o requeijão.
Se quiser, dá pra colocar um pouco de noz moscada ralada.


Cozinhe a massa em água fervente, retirando quando estiver al dente.


Misture tudo e coloque um bom parmesão ralado em cima.


A bebida da noite foi Ice Tea de limão, beeem bom :)


domingo, 16 de março de 2008

Risoto de Alecrim com Gorgonzola

O João me ensinou a fazer o dito risoto no ano passado. Testei em algumas pessoas, todas vivem até hoje. Aí vai:

Ingredientes
2 xícaras de arroz arbóreo
3 raminhos de alecrim
2 cebolas (eu adoro cebolas, coloco muito mesmo. Se preferir, use uma só)
50g de gorgonzola (um pedaço, já embalado no supermercado, fica em torno de 50, 60g)
1 colher de chá de pimenta chilli picada bem miudinha (não faz parte da receita original, coloquei ontem e ficou ótimo)

Manteiga (use manteiga de vaca, nada de margarina)
Sal
Água fervente (1 chaleira dá e sobra)


Preparo
Corte as cebolas em cubinhos pequenos e refogue-as com uma colher de manteiga.

Lave os ramos de alecrim, tire as folhinhas (uma a uma) e coloque para refogar junto com a cebola.

Quando a cebola estiver douradinha, coloque o gorgonzola, aos pedacinhos. Ela vai se dissolver em alguns minutos.

Quando você achar que a cebola, o gorgonzola e o alecrim são uma coisa só, junte o arroz. Frite o arroz durante alguns minutos, até ele (parecer) ganhar o gosto da mistura cebola-alecrim-gorgonzola.

Coloque água fervente na panela e deixe cozinhar. À medida em que o tempo passar, confira o ponto do arroz e coloque mais água. O arroz arbóreo absorve muita água e fica com aspecto final "empapado". Se não etiver assim, coloque mais água :)

Terminou? Sirva porções nos pratos e arremate com um pouco de parmesão ralado em cima.
Não tive paciência para tirar o molhinho de tomate da entrada (tortinhas de ricota com salada de tomate), daí essa coisa alaranjada embaixo do risoto :P

sexta-feira, 14 de março de 2008

Fast-food caseira

Sem muita idéia para cozinhar e disposição para sair de casa, resolvi apostar nas pizzas de frigideira. Tudo por uma noite de sexta mais feliz.

A massa é aquela bem parecida com a de pastel, à venda no super. Bem fininha e sequinha.

As minhas levaram queijo lanche, queijo colonial uruguaio e um parmesão uruguaio de gritar de bom. O sempre presente molho de tomate enlatado, orégano, azeite de oliva e umas folhinhas frescas do meu pé de manjericão.

Pra quem quer incrementar, dá pra colocar champignon, cogumelos frescos (deixe por uma hora de molho no shoyu, fica ótimo), tomate picadinho, pimentão amarelo, cebola, azeitonas... TUDO! :D

Tou pensando em fazer uma de ricota e figos, amanhã.

Imperdível

Letra de Common People, do Pulp, em fragmentos de quadrinhos de Archie.

Confira inteiro em Chris' Invincible Super Blog. Via Boing Boing

Pra cantar junto

Vale conferir a versão do William Shatner:

E o original, do Pulp:


quinta-feira, 13 de março de 2008

Novelas Mexicanas

Parte 1

No ano passado, eu e o Chico resolvemos comemorar um mês de namoro em um restaurante mexicano. O irmão dele havia ido a um (alegadamente) ótimo, na Cidade Baixa: o El Mexicano. Barato e bom, acho que era essa a descrição. Demos umas duas voltas na quadra até nos darmos conta de que a portinha insuspeita trancada com grade de ferro era o dito restaurante. "Ok", "não se julga um perfume pelo frasco". Na época, você tinha que bater à porta para abrirem a grade.

Eu devo ter apagado da memória o que comi. Não foi horrível, mas estava longe de ser bom. O Chico pediu um taco vegetariano, que veio encharcado de vinagre.

O atendimento era tão bem-intencionado quando ineficiente. Nunca sabíamos qual era o garçom das bebidas, das comidas e o que limpa as mesas. Acho que nem eles sabiam.

Anotei mentalmente: "não. Fuja. Fuja".


Parte 2

Um mês depois, fomos à forra no Pueblo, mexicano na Ijuí, meio próximo à Protásio.

O restaurante foi tão bom que passou a habitar minha galeria imaginária de lugares perfeitos. Ambiente muito legal, bebida ótima, comida excelente. Preço justo.

A margarita que eu pedi foi a melhor que bebi em uns 10 anos. Metade por mérito do restaurante, metade pela incapacidade de barmen em geral entenderem a simplicidade envolvida no preparo da mesma.

De entrada, uma porção de pastéis de jalapeños, deliciosos. Crueldade ou ironia, vem com vários molhinhos de pimenta para colocar em cima. Não me fiz de rogada e provei vários. Adorei.

Enchiladas foram a escolha para o prato principal. O garçom avisou, com jeito, que uma porção para cada seria muito. Deu pra dividir uma porção (vem 3) com dois recheios: espinaca (espinafre e ricota) e machaca (carne de panela e mussarela). Ambas ótimas. O Chico comeu mais alguma coisa que eu não lembro. Taco vegetariano, talvez.

Não coube sobremesa :)

Vá lá
Pueblo
Website
Av. Ijuí, 147
Petrópolis - Porto Alegre - RS
51 3332 5540

Eye Candy

Papel de presente da Enna, na Etsy.

Via Print & Pattern

Homens na cozinha

Uma breve homenagem a memoráveis pratos e cozinheiros do entorno.

Gladi
Quando a gente pensava que o negócio dele era churrasco e salsichão... ele se revela nos doces. As tortas de chocolate+avelã e requeijão+goiabada são ótimas!


Luiz
A lasagna do Luiz não conhece insatisfeitos. Resta saber quando será a próxima edição.

João Adolfo
Ele me ensinou a usar funghi (ele estava bêbado, eu não). Ele me ensinou a fazer risoto de alecrim com gorgonzola. Ele é grande!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Urupics






Figos

Comprei por impulso, como em prestações :)

Se alguém quiser, tou rifando os excedentes. Estragam mais rápido do que minha capacidade de comê-los.


terça-feira, 11 de março de 2008

Quero

Boa parte do mundo não senta em cadeiras, mas em almofadas e outros artefatos rentes ao chão.

É engraçado pensar assim, mas há toda outra forma de viver um metro abaixo de nosso plano usual de apoio.

Curiosidade antropológica ou desejo estético descarado, ando namorando as almofadas-futton da Camicado. A intenção é comprar várias e compor uma área multi-uso na sala. Comer, beber, sentar, deitar, me jogar, ler, praguejar, vale tudo a 8 centímetros do chão.
Topei com as ditas pela primeira vez no site da Camicado, assessorando a Thaís na lista de presentes. Achei as almofadas um tanto estranhas nas fotos. Ao vivo, contudo, são enormes e muito divertidas.

Amor profundo

> Blooming Onion, Outback Steakhouse

> Pastéis de Jalapeños, El Pueblo

> Mousse de Chocolate, eu

> Lasanha de espinafre e queijo, Luiz

> Comfort food menu, Tati

> Pudim de leite, qualquer um

Um olhar curitibano

Minha irmã vem a Porto Alegre para fazer turismo gastronômico. É bem capaz que ela ignore a existência do Guaíba, mas sabe a locação e especialidade de um punhado de restaurantes por aqui. Ela só não ignora meu apartamento porque nele tem comida. Na maior parte do tempo, pelo menos.

Hit Parade da Ana Flávia em Porto Alegre

- Torta de Sorvete (por que, por que?)
- Panorama Gastronômico
- Cavanha's
- Petiskeira

Pizza al tacho

Uma das melhores surpresas de Montevideo (e olha que não foram poucas) foi o bar Tasende. Um dos mais tradicionais da cidade, o boteco abriu suas portas em 1931 e fica pertinho da Rambla.

Juro que não acreditei a princípio, mas as mesas e cadeiras são originais da época da fundação. Lindas.


A especialidade da casa é a pizza al tacho, uma pizza de queijo muzzarela simples e deliciosa. Vem servida em porção tripla, no pratinho. Ela se enquadra mais como petisco do que prato principal.
A pedida é comer a dita pizza com cerveja beeem gelada e assistir ao pôr-do-sol a poucos metros de distância.




A massa semi-viscosa lembra a massa de buñuelo que minha avó fazia. A covardia é a deliciosa cobertura de queijo com bordas tostatinhas.

Doce de Abóbora

Quando eu era uma pequena Melissa e meus pais saíam de casa, as abnegadas pessoas que ficavam tomando conta de mim tinham um árduo dever pela frente: me manter calada.


A maneira mais fácil, embora eticamente desafiadora, era me levar ao bar da esquina e comprar um doce de abóbora. O choro saía do rosto do nenê cor-de-rosa e dava lugar a um enorme sorriso. Movido por glicose, mas ainda assim sincero.


Eu só fiquei sabendo dessa história há alguns poucos anos. Antes disso, não sabia explicar minha loucura pelo clássico doce de padaria. Em uma festa junina da Aldeia, me emploguei e comprei uma caixa. Desnecessário dizer que só eu tinha coragem de comer aquilo. Durou um mês, mas consegui.

O João Adolfo me mandou a foto acima, depois de uma sessão descontrole no MSN. Aparentemente, capricornianos são movidos a doce de abóbora :)

Trapiche

Na última passada por Foz, cruzamos pro lado argentino e fomos às compras. Fora o free-shop refrigerado, perfumado e, via de regra, caro, sobrava Puerto Iguazu: uma cidade sem muitos atrativos fora as cataratas do lado hermano.

Fora as cataratas, vírgula. Tinha as lojas de vinho. O vinho argentino é, em geral, beeem bom. Consegui achar algumas coisas ótimas por preços razoáveis e coisas razoáveis por preços ótimos.

No quesito custo x benefício, a melhor compra foram os vinhos Trapiche. Seis reais por uma garrafa de vinho tinto seco muito bom. Um pouco frutado (o que eu adoro) e perfeito para acompanhar massas, queijos, tudo. Até no verão ele funcionou.

Abri uma garrafa esses dias, não bebi o suficiente e ganhei um pré-vinagre de luxo. Deu pra temperar uma salada de tomates, ficou maravilhoso. Não é ácido como vinagre normal e supercombinou com manjericão fresco.

Suprem

Fui ao Suprem com uma curiosidade tão grande que as chances de dar errado e eu sair frustrada eram praticamente infinitas. "No expectations" não fazia nenhum sentido com um restaurante tão aclamado pelo meu entorno.

Criado pelo chef Alexis Zarate - ex-Ocidente - o Suprem serve pratos indiano-vegetarianos, similares (mas bem superiores) aos servidos no Ocidente. Tão pequeno quanto charmoso, o lugar é tematicamente decorado. Resvala no kitsch com vontade, mas tem como ser diferente? Há um terraço bem interessante ao fundo, com mesinhas ao ar livre.

A apresentação dos pratos me ganhou logo de saída. Louça despretensiosa, salada de folhas verdes e tomates, bem composta, bem temperada.

O prato seguinte combinou pasta de grão de bico (dúvidas quanto à origem indiana, mas whatever: estava ótima), arroz com gersal e couve-flor empanada com uma pasta de gengibre ralado fininho e limão. Só a couve-flor já me fez ajoelhar em sinal de graças.

Não consegui comer o último prato, uma massa com vegetais, por absoluta falta de espaço. Meus colegas de mesa afirmam que estava deliciosa. Aveire.

Pedimos lassi para beber. Sinceramente, não concordo com a alegação de que seja útil para aliviar o gosto apimentado da comida. Achei, sim, muito espesso. Interessante, mas espesso. Enfim... próxima vez, água :P

Vá e me chame.


Vá lá
Suprem
Rua Santo Antônio, 877, Bom Fim . Porto Alegre
51 3312 2731

Então...

Não sei se gosto mais de comer ou de olhar. Talvez a comida seja algo mais estético do que propriamente gustativo. Quem sabe?

Na dúvida, me delicio em três dimensões a cada prato: vejo, cheiro, provo. Quatro, se eu contar a dimensão tátil da textura. Cinco, se o ambiente agregar valor à experiência. Seis, se a companhia fizer o resto virar troquinho :)

Esta é a segunda ou terceira tentativa de fazer este blog funcionar. Se eu passar do primeiro post, já é lucro :P